quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

"Eu nunca fui uma moça bem-comportada (...)

Pudera, nunca tive vocação pra alegria tímida, pra paixão sem orgasmos múltiplos ou pro amor mal resolvido sem soluços.

Eu quero da vida o que ela tem de cru e de belo. (...)

Sou dramática, intensa, transitória e tenho uma alegria em mim que quase me deixa exausta.

Eu sei sorrir com os olhos e gargalhar com o corpo todo.

Eu sei chorar toda encolhida abraçando as pernas também (...)

Por isso, não me venha com meios-termos, com mais ou menos ou qualquer coisa.

Venha a mim com corpo, alma, vísceras, tripas e falta de ar (...)

Eu acredito é em suspiros, mãos massageando o peito ofegante de saudades intermináveis, em alegrias explosivas, em olhares faiscantes, em sorrisos com os olhos, em abraços que trazem vida pra gente.

Acredito em coisas sinceramente compartilhadas. Em gente que fala tocando no outro, de alguma forma, no toque mesmo, na voz, ou no conteúdo.

Eu acredito em profundidades (...)

E mesmo tendo medo de altura, não evito meus abismos.

Talvez, por ter a certeza de que irei renascer depois de tudo (...)

E digo mais, são esses abismos que me dão a dimensão do que sou."

(M. de Queiroz)

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