quinta-feira, 10 de julho de 2008

Criação de 90 cargos comissionados na Casa Legislativa com salários apartir de R$ 9 mil reais



Sem alarde, a Mesa Diretora do Senado criou nesta quarta-feira mais de 90 cargos comissionados na Casa Legislativa com salários de R$ 9.979,24. Os novos funcionários vão ser contratados sem concurso público para os gabinetes dos 81 senadores e lideranças partidárias. Cada senador poderá empregar um servidor por gabinete ou dividir o salário entre novos funcionários --de acordo com a sua necessidade. A estimativa é que os novos cargos custem cerca de R$ 900 mil aos cofres públicos.
Apesar da norma ter sido aprovada pela maioria dos integrantes da Mesa Diretora (composta por 11 senadores entre titulares e suplentes), o presidente do Senado, Garibaldi Alves (PMDB-RN), foi contrário à criação dos cargos. Na opinião do senador, a contratação de servidores com salários tão altos "pega mal" e arranha a imagem da Casa Legislativa.
"Pega mal, não vai ser bem entendido nem assimilado pela sociedade. O Senado não precisa criar mais cargos, há outras prioridades", afirmou.
Garibaldi disse que os 81 senadores terão autonomia para contratar, ou não, os novos servidores em cada gabinete. "Obrigado, ninguém é [a contratar funcionários]." Segundo o presidente do Senado, a norma entrará em vigor somente após o recesso parlamentar do mês de julho. "Não há como se ter explicação convincente. O Senado deve explicações a qualquer momento sobre ao cidadão. Mas acho que esse valor é desnecessário", afirmou.
A Folha Online apurou que Garibaldi chegou a fazer apelos na reunião para que a Mesa Diretora não criasse os cargos, já prevendo o desgaste da medida. A maioria dos parlamentares, no entanto, acabou aderindo à proposta de criação de cargos articulada pelo senador Efraim Morais (DEM-PB), primeiro-secretário do Senado. Ele atua como uma espécie de "prefeito" da Casa Legislativa, com a responsabilidade de coordenar todos os atos administrativos do Senado.
Justificativa
O diretor-geral do Senado, Agaciel Maia, justificou a criação dos cargos com o argumento de que a Casa Legislativa sempre aumenta o número de servidores depois que a Câmara aprova reajustes em sua verba de gabinete --o que ocorreu em abril deste ano. "O que é praxe é que sempre que é aumentada a verba de gabinete na Câmara, como o Senado não tem essa verba, se cria cargos", afirmou.
Agaciel disse que o Senado gastou menos recursos que o previsto em seu orçamento deste ano, o que permite a contratação dos novos servidores. "O Senado gastou menos da metade do que pode gastar por lei. Os senadores poderão contratar ou não os servidores. Quem decide se eles [novos servidores] são necessários são os gabinetes dos deputados", afirmou.
A exemplo de Agaciel, Garibaldi disse que o Senado tem recursos para contratar os novos servidores, embora seja contrário à medida. "Dinheiro tem, o problema não é financeiro. O que eu acho é que é um problema político, de natureza estrutural", criticou.
Atualmente, cada senador tem direito a contratar seis assessores e seis secretários parlamentares. O número de servidores pode crescer se o parlamentar decidir dividir o salário de R$ 9,979,24 (pago para os assessores) entre um número maior de funcionários com remunerações mais baixas.
Agaciel disse que os novos servidores são necessários uma vez que todos os concursos públicos realizados pelo Senado já estão vencidos --embora tenha reconhecido que a instituição pretende realizar um novo concurso para a contratação de servidores até o final do ano.

domingo, 6 de julho de 2008

Por Fla Wonka -


quinta-feira, 29 de maio de 2008Nomes incelebráveis
Soube de uma pessoa que está grávida e terá uma meninina muito em breve. Só não sabe ainda se ela vai se chamar Juscelina ou Trinidad. Todo mundo que soube quase vomitou de horror por causa das opções. Mas se a mulher em questão fosse celebridade, ninguém poderia falar nada. Certamente iriam achar “exótico”. Será?
O que eu sei é que filho de celebridade já nasce marcado. É ruim de encontrar um John, uma Mary ou mesmo um angelical Gabriel. A coisa de nomear os bebês virou uma disputa acirrada – em termos de bizarrice, claro. David Beckham e a Dona Doida, por exemplo. Com tanto nome bonito na Inglaterra, seus três moleques foram se chamar Cruz, Brooklyn e Romeo. Ok, Romeo se deu bem, porque Cruz e Brooklyn, com esses nomes, logo serão líderes de gangue.
É questão de gosto? É. Porque todo mundo malhou a Julia Roberts quando ela anunciou seus gêmeos Hazel e Phinneas. Desculpa, mas perto do filho do Robert Rodriguez, que se chama Rocket (Rodriguez), a dupla ficou até singela. O nome da garota é uma castanhazinha e o dele, igual ao do personagem mais bacana de Julio Verne. Uma graça.
Também passam incólumes aqueles que são frutos de bicho-grilo. A filha de Gwyneth Paltrow (que por si só já tem um nome difícil) se chama Apple. A maçãzinha da mamãe. É comestível, mas é fofo. O filho de Forest Whitaker é Ocean. Não chega a revirar o estômago, poxa.
Mas, gente, a atriz Shannyn Sossamon deu ao bebê dela o nome de Audio Science. Sério, Audio Science. Perto disso, o Mano Vladimir de Marisa Monte e Zabelê, Sarah Shiva e Nana Shara de Baby Consuelo ficaram até graciosos. Audio Science? Eu processava a família e usava a grana para contratar matadores de aluguel. Shannyn acha engraçadinho ter nome pirado? Já viu como escrevem o SEU nome, moça?
É que nenhum desses famosos quer pagar de repetitivo. Ozzy deve ter dado aos filhos os nomes de Jack, Kelly e Aimee porque vivia chapado. Senão, com certeza teriam se chamado... sei lá, Batman, Satan e... Audio Science.
Essa ojeriza por nomes comuns faz os estrelados pirarem. Sabe como chamam as filha de Frank Zappa? Moon Unit e Diva Muffin. E o filho do ator Jason Lee? Pilot. Espera, tem mais: Pilot Inspektor. Pilot Inspektor Riesgraf Lee. Interna logo em um colégio militar, mas não faz isso com a criança, né?
Nicholas Cage deu ao filhinho o nome de Kal-el. Isso, igual ao do Super-Homem quando este ainda era habitante de Krypton. Sei lá, é diferente, mas vai suscitar um sem-número de piadinhas quando o Menino-de-Aço começar a freqüentar a escola. Torçamos para que ele estude na mesma classe do Pilot Inspektor, assim tem outro para ser motivo de chacota em seu lugar. E esta será, então, a lista de chamada mais célebre e alucinada de todos os tempos.
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Por Lú Lemos -

Relendo esse texto, lembrei dos nomes estranhos que conheço...
Tem Jamaica Lana, Rivonaldo, Lindolfo, Chistofer (escrito assim mesmo), Luamar, Lucimalra, Valdirene (esse é classico), Priscesca (kkkkkkkkk) e por aí vai.

Percebemos com isso o quanto o brasileiro é criativo ou exótico mesmo. Nomes convencionais não colam, afinal existem tantas "Marianas e Marinas" no mundo...

Alguem deveria escrever sobre os nomes pitorescos do Brasil.

quinta-feira, 3 de julho de 2008

Por Pedro Fonseca

RIO DE JANEIRO (Reuters) -

Os mais de 80 mil tricolores que lotaram o Maracanã viram o Fluminense chegar muito perto do título da Copa Libertadores pela primeira vez na história, mas deixaram o estádio arrasados com a derrota para a Liga Deportiva Universitária nos pênaltis na madrugada desta quinta-feira.
Depois de ter perdido por 4 x 2 no Equador, o time brasileiro conseguiu reverter a desvantagem jogando em casa e venceu por 3 x 1 no tempo normal, graças a três gols do meia Thiago Neves. Mas a recuperação foi em vão. Nas cobranças de pênaltis o goleiro equatoriano Cevallos defendeu os chutes de Conca, Thiago Neves e Washington, garantindo o primeiro título de um clube do Equador na Libertadores.
"A equipe tentou, buscamos os gols que estávamos precisando, mas pênalti é loteria. Infelizmente não deu", disse o meia Cícero a jornalistas após a partida.
Os torcedores do Tricolor pintaram o estádio de verde, branco e grená com camisas e bandeiras do clube e promoveram uma explosão de fogos das mesmas cores sobre o gramado. Sinalizadores escreveram "Fluminense" na arquibancada, e quando o time entrou em campo, o tradicional pó-de-arroz tomou o estádio por completo.
Apesar de precisar vencer por dois gols de diferença para levar o jogo para a prorrogação, o Fluminense entrou em campo apenas com Washington no ataque, apoiado pelos meias Cícero, Thiago Neves e Conca. Com apenas 5 minutos de jogo a situação ficou ainda mais delicada.
Numa jogada de contra-ataque, o ala Guerrón recebeu pela direita, livrou-se da marcação de Ygor numa jogada de habilidade, e rolou a bola para o meio da área. Bolaños bateu forte, no canto direito de Fernando Henrique. Com o gol da LDU, o time brasileiro passou a precisar marcar quatro vezes para conquistar seu primeiro título da Libertadores.
Mesmo com a vantagem na soma dos placares, a LDU continuou buscando o ataque, e abriu espaços na defesa. Num momento do jogo em que as duas zagas apresentavam fraquezas, Thiago Neves fez boa jogada individual na intermediária, livrou-se do marcador, e bateu rasteiro no canto direito do goleiro, empatando aos 11 minutos para recolocar a equipe na partida.
Depois que o técnico Renato Gaúcho mandou o reserva Dodô para o aquecimento, aos 25 minutos, o Fluminense chegou ao segundo, tirando proveito de uma falha da defesa equatoriana.