domingo, 31 de agosto de 2008

Algumas vezes ajudamos outras pessoas meio até que sem querer. Algumas vezes o outro encontra apoio na gente, mesmo que nem lhe conheça profundamente ou tenha confiança adquirida com o tempo; ele apenas vê em você alguém pra desabafar.
Falo, hoje, sobre isso, porque no dia 29 passei por uma situação assim, mais antes...
Lembrei do dia 11 de Setembro, naquele dia historico, as pessoas confortavam umas as outras, ajudavam a levanta-las, fugiam juntas, choravam juntas... Nossa! Com toda aquela tragédia, as pessoas preocupavam-se umas com as outras e mesmo depois daquele dia, todo o mundo passou a lutar em prol de um ideal comum.
Hoje, quase 7 anos depois, não passei por nada semelhante, na verdade o escopo acabou sendo o mesmo. Deixa eu contar então: Um "quase ninguém" chamado de "seu Bira", garçom, morador de periferia, um dos lugares mais violentos de Natal-RN (algo que aliado as drogas acaba sendo 3 vezes pior, por conta da pobreza - desemprego - clima, etc) teria todos os motivos para ser marginalizado, mais mesmo com todas as adversidades de sua vida escolheu lutar, e mesmo, nos momentos de tristeza, levantava a cabeça e continuava a seguir. "Seu Bira" nasceu no Rio de Janeiro, sua mãe nordestina recém chegada à cidade, havia desembarcado na rodoviaria do RJ já gravida, acabou conhecendo um homem nordestino também, que 3 meses depois dela ter tido o filho que estava esperando, já havia decidido separar-se; no entanto, o bom homem nordestino quis trazer consigo o filho enteado, já que a mãe estava prostituindo-se. E assim o fez, o pai de "Seu Bira", seu pai de criação voltou à Natal -RN e trouxe aquela criança com 3 meses de vida para a avó criar, no entanto "Seu Bira" acabou sendo criado apenas pela vó, naquela periferia que havia comentado anteriormente. A mulher tão pobre, mal tinha o que dar para comer para seus filhos e netos, mais segundo "Seu Bira" o amor daquela mulher ignorante era enorme. "Seu Bira" nunca se envolveu em drogas, nunca roubou e sempre estudou em colégio público, completou o segundo grau e hoje aos 39 anos, ainda tem esperanças em fazer um curso superior; como disse, ele trabalha como garçom e diz que é um homem honrado, segue seu caminho dignamente, mais considera-se um lobo solitário.
Nesse dia, pude aprender muitas lições com "Seu Bira", aprendi o que é ser digno, o que é não se corromper, o que é superar dificuldades (isso eu vivo aprendendo na verdade, com muitas pessoas) e aprendi a maior das lições, "Seu Bira" não desacreditou em nenhum momento que tudo podia mudar e que só através de sua superação, isso podia acontecer.
Obrigada, "Seu Bira" e vou ajuda-lo como puder.
PS: "Seu Bira" quer encontrar sua mãe, ter alguma noticia.

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

HOMENAGEM À UM GRANDE AMIGO

Ás 12:30 do dia 27 de Agosto de 2008, perdi um grande amigo. Companheiro de horas alegres e tristes, um consolo nas horas depressivas e um fiel escudeiro, cumplice de tolices e de alma.

Em meus braços... Como havia de ser, sem sofrimento ou sem que alguém retirasse sua vida. Sorrindo, ele se despedia de mim e eu, sua dona, aos prantos tentava me consolar sabendo que sua morte natural era um alívio sem egoísmo.

Meu amigo, sofria com um carcionoma linfatico, que já tinha metastase em todo o seu corpo... restava apenas seu coração, o que em seus ultimos segundos parou de funcionar e causou sua morte. Lutava pela vida bravamente, um caracteristica de sua raça, brincava, comia e latia até seu ultimo dia de vida.

Até seus ultimos suspiros, não rogava ao senhor por alívio, no entanto, o amor é mais forte do que qualquer desejo racional de não pedir para que o senhor o aliviasse. E o senhor de todas as coisas, veio ao meu socorro.

E talvez possa dizer que meu amigo era um cão feliz, que não pôde ter filhotes (algo que ele desejava mais do que tudo).

Hoje, estou saudadosa por mais um heroí canino, que esteve ao meu lado todos os dias de seus jovens 7 anos.

E assim, essa amiga saudosa, termina...

Luto, por um lindo boxer de nome Tayson que estará sempre no coração de todos da minha família.