terça-feira, 24 de novembro de 2009

Foi através do blog do Zeca CArmargo na Globo.com que conheci a historia do flime de Precious, não sei quando ele estará no Brasil; no entanto espero que ele esteja em cartaz até Janeiro de 2010.

De tudo que li, quero destacar alguns trechos: [ Nossa “incompetência” em detectar histórias cruéis como a de Precious e fazer alguma coisa para mudá-las (detectada brilhantemente num artigo de Raina Kelley para a “Newsweek”) é uma das provocações mais sutis do filme – que, aliás, está longe de ser perfeito.]

[Aliás, ela assistiria ao filme da sua própria história com o mesmo entusiasmo. Não sentiria nada, pois nunca soube o que era sentir…

O espectador, porém, sente – e muito! Sente revolta, repulsa, indignação, raiva, perplexidade. Curiosamente, no entanto, não sente pena. “Precious” – que, é retratada com convicção nas telas pela novata Gabourey Sidibe, e, só lembrando, é uma história baseada numa personagem real – é um espetáculo degradante tão forte, que em menos de meia hora de filme somos como que induzidos a uma fascinação mórbida pelo que está sendo mostrado. Com exceção da cena final – na qual a comediante Mo’Nique faz um discurso capaz de deixar mesmo os mais insensíveis ligeiramente perturbados – as adversidades que vão chegando para Precious (sua primeira filha, fruto sim de um estupro do pai, nasceu com síndrome de Down, e é chamada por toda a família de “Mongo”; logo depois de seu segundo filho nascer, ela descobre que adquiriu o vírus HIV, “cortesia” também de seu pai) vão se acumulando sem que elas provoquem em grandes reações em quem assiste, como se tudo aquilo estivesse mesmo predestinado a acontecer no decorrer de uma vida tão amaldiçoada quanto a da protagonista. E isso talvez seja o aspecto mais incômodo do filme: você sabe que aquela história é verdadeira; e sabe também que ela não é única – há uma ou mais Precious morando não muito longe de você; mas você não faz nada… Mesmo assim, você simplesmente assiste ao desfile de horrores como se fosse impossível mudar alguma coisa.]

Nossa, adoro o Zeca... e esse relato de um critico e jornalista de imenso talento não me permite acrescentar mais nada.

;)

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