Hum...
Não conheço filósofo mais adequado para os desiludidos do amor que não seja Schopenhauer. O parágrafo final de seu ensaio sobre a Metafísica do Amor é antológico: "No meio do tumulto, vemos os olhares de dois amantes se encontrarem cheios de desejo; todavia, por que com tanto mistério e temor e às escondidas? Porque esses amantes são os traidores que secretamente tramam perpetuar toda a miséria e atribulação que, sem eles, logo atingiria um fim".
Por não desejar embarcar em tamanho fatalismo, busco alguma espécie de consolo em Nietzsche, farol a quem costumo recorrer quando estou imerso nalgum labirinto: "Há sempre alguma loucura no amor. Mas há sempre um pouco de razão na loucura". Dependurado na corda bamba entre razão e emoção, palmilho o futuro de olhos fechados, enquanto recito como um mantra do filósofo: "Aquele que não souber pôr as suas idéias no gelo não deverá lançar-se no calor da discussão".
(E pensar que um único beijo transforma toda filosofia em pó.)
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ResponderExcluirEstou com saudades. Ok? Manda noticias, Lú.
ResponderExcluirBjão kaká.